quarta-feira, 15 de julho de 2009

O quadro e a modernidade

Raul Seixas - Metamorfose Ambulante








É sabido da hercúlea tarefa do professor no contexto atual. Não quero cair no clichê de que a Escola não acompanha os avanços da modernidade. Principalmente porque a velocidade das mudanças é tão alucinante que nem a própria vida privada se dá conta do que está acontecendo. O que eu acho perigoso.

Mas vamos à praxis pedagógica.

Segundo a professora Maria Helena Rossi, coordenadora-adjunta do curso de Artes Visuais da Rede Gaúcha de Ensino à Distância, parafraseando teóricos de Dewey a Paulo Freire, um curso de licenciatura não corresponde a toda a formação de um professor. Definitivamente, um curso de graduação é muito pouco para o dinamismo que a própria sociedade exige do docente. Tampouco a universidade consegue acompanhar tal ritmo de mudanças. Por isso, o diálogo da Academia com o mundo prático via Extensão e/ou pós-graduação.

Outro ponto importante é a mudança de postura do professor no dias atuais, a do pesquisador. Isto me remete a uma entrevista de uma psicóloga chamada Mere Abramowicz que dizia que o aluno precisa se apropriar do conhecimento e tomá-lo como seu. Complemento incluindo o professor neste contexto. Não somos uma simples "mídia" do conhecimento, somos agentes do mesmo, pois trabalhamos com as suas premissas a fim de desenvolver o próprio conhecimento.

Outra questão diz respeito a um movimento básico: a reflexão. Este não considero tão "moderno". Desde Platão o docente precisa ter uma postura reflexiva ante o conhecimento que passa e o que conhece.






(filosofei)






Ainda sobre a relação com o conhecimento...

Muito se avacalhou com a ideia do construtivismo nas últimas duas décadas. Construir o conhecimento significa justamente pensar o que estudamos e o que ensinamos e aí temos completa a relação ensino-aprendizagem.

Finalizo com outro pré-conceito acerca do perfil do professor: parafraseando o Educador português Antonio Nóvoa, a tarefa do professor sempre foi complexa. E essa complexidade não é compreendida por todas as esferas sociais que o cercam, tampouco pelo próprio docente. Acima de tudo, o que faz um educador atender ás demandas educacionais são condições propícias para que ele tanto atenda estas quanto consiga acompanhar as mudanças conjunturais a sua volta.

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